O mercado espera – e cobra – muito mais de quem tem uma pós-graduação em seu histórico: a expectativa é de que o profissional vá muito além da teoria e entregue, na prática do dia a adia, resultados superiores anos de seus pares sem a mesma formação.
Por isso, antes de se lançar a um curso extenso (e, muitas vezes, caro), é importante refletir quais são as habilidades e aptidões que serão desenvolvidas durante o percurso. Pois certamente é a isso que o mercado estará atento, muito mais do que ao mero embasamento teórico. Profissionais da área de recursos humanos de grandes empresas contam que houve um tempo em que apenas ter um “carimbo” de pós-graduação ou MBA no currículo já bastava para fazer os olhos dos recrutadores brilharem. Mas esse momento passou. 
Para obter resultados, é importante que o profissional conquiste conhecimento superior no tema de sua especialidade e também um desempenho acima da média. Em última instância, é isso que as organizações valorizam.

RETORNO FINANCEIRO


O tão esperado retomo financeiro pode ocorrer no médio ou longo prazo se o profissional adquirir novas competências, mas a remuneração não deve ser o principal objetivo do candidato a uma pós-graduação: existe um conjunto de recompensas que inclui maiores chances de realização pessoal e a possibilidade de atuar na área que gosta.
Os profissionais de RH ressaltam que nem sempre a pós-graduação é a melhor alternativa para o profissional. Em alguns casos, pode ser mais vantajoso fazer cursos de curta duração para avaliar se o tema realmente interessa ao aluno. Atividades gratuitas, como palestras e lançamentos de livros, também podem trazer boas oportunidades de troca com outros profissionais.

MAIORES SALÁRIOS


Apesar de não garantir promoções instantâneas, é possível observar no mercado de trabalho que diplomas de pós-graduação se traduzem em maiores salários no mercado de trabalho. A constatação vem de uma pesquisa realizada em agosto de 2012 pelo Catho Online, maior site de classificados de currículos e vagas de emprego da América Latina.
Em cargos de coordenação e supervisão, por exemplo, os salários de quem fez pelo menos uma especialização ficam acima de R$ 5,2 mil, enquanto aqueles que concluíram apenas a graduação ganham em torno de R$ 4,4 mil. Nos cargos de gerência, a diferença também é expressiva: os salários superam R$ 8,9 mil para profissionais com especialização e R$ 9,8 mil para os que fizeram MBA. Enquanto isso, os que pararam os estudos depois da graduação recebem, em média, R$ 7,8 mil. Na diretoria, a diferença é menor. Um MBA pode representar salários de R$ 19 mil, enquanto uma especialização leva os profissionais a receberem uma média de R$ 18,4 mil.
De modo geral, os maiores salários ficam para aqueles profissionais que cursaram uma pós-graduação stricto sensu, isto é, mestrado ou doutorado. Nesse quesito, o salto de salários dos profissionais júnior/pleno/sênior chega a quase 70% quando se comparam os rendimentos de uma pessoa apenas com graduação no currículo em relação a alguém com um mestrado ou doutorado completo.

À ESPERA DA PROMOÇÃO


Grande parte das pessoas que decidem fazer uma pós-graduação ou MBA tem como objetivo um aumento na sua remuneração. Afinal, os dados do mercado mostram que profissionais qualificados têm maiores salários. Mas atenção: os executivos de RH explicam que promoções ou aumentos não são uma garantia imediata. A melhoria pode vir, sim, mas em médio e longo prazo, e desde que o profissional apresente melhores resultados.

Matéria extraída do blog de educação posgraduando.com em 14/09/2016 as 15:30. Confira a matéria completa em: http://posgraduando.com/blog/por-que-fazer-um-curso-de-especializacao-ou-mba